Ácido Ameno

Friday, November 04, 2011

Etéreo



E já que estou inspirado para falar em estilos musicais, apenas falar em jazz, progressivo e glam rock não me satisfaz. Tenho ouvido muito dois estilos não muito difundidos e, ainda assim, infelizmente,mal classificados, sendo taxados simplistamente de "góticos", mesmo não tendo nada a ver com Sisters of Mercy, Bauhaus, The Cure, Joy Division ou Siouxsie e the Banshees.

Estou falando das bandas de música "éterea" ou de "neo-clássico" (há diferenças).

Nestes estilos, o que predomina é a utilização de instrumentos clássicos ou medievais, como violinos, cellos, violas, geralmente com vocais femininos ou simplesmente sem vocais. Nada de guitarra, baixo ou bateria. Me recordo de uma resenha muita antiga, da nostálgica revista Bizz, ao divulgar o primeiro disco de uma das mais antigas bandas "étereas", a francesa Collection Darnell-Andréa: "Isso é bom. Mas...definitivamente, não é rock".
Particularmente, acho que as principais diferenças entre "étereo" e "neo-clássico" é que o primeiro ainda faz algumas concessões ao pop, ao utilizar mais vocais e, em alguns casos, instrumentos eletrônicos, como as bandas Chandeen e Love Spirals Downwards. A última chegou até a lançar discos com músicas dançantes, próximas ao techno. Já o neo-clássico é basicamente instrumental e nada, nada dançante, chegando a soar fúnebre, em alguns casos.

Os dois gêneros chegaram a se popularizar relativamente em meados dos anos 80, principalmente graças a gravadora inglesa 4AD, que lançou algumas bandas etéreas mais conhecidas, como o Cocteau Twins, o This Mortal Coil e Dead Can Dance. Talvez a alcunha gótica tenha prevalido por causa da época (um dia foi chic ser gótico) e pelo fato da gravadora ter obtido maior reconhecimento ao lançar o primeiro disco do Bauhaus (inegavelmente gótica).

Independente de épocas e estilos, a música é atemporal e deve perdurar, se for boa. tualmente,
muitas bandas têm surgido, em locais mais diversos do mundo, como Itália, França, Espanha, Portugal, México e até Argentina. Em todos estes locais existem ou existiram bandas sem essa preocupação pop, primando um estilo mais calmo, com influências clássicas, algo como uma espécie de "New Age" revisitada, sem o "deslumbramento" de "esperança do novo milênio", que ao chegar, acabou com a festa desse povo. Talvez, uma New Age às avessas, um tanto mais triste, um tanto mais fúnebre.
Embora estas bandas tenham se tornado conhecidas a partir dos anos 80, uma banda italiana, chamada Jacula, já fazia este tipo de som nos anos 60 (acabaram rotulados de progressivos nos anos 70, embora o som não tivesse absolutamente nada a ver com isto). Em "Tardo Pede in Magiam Versus", de 1969, o Jacula já fazia música "espiritual" como denominavam, basicamente com flautas, violinos, baixo algumas vezes e, principalmente órgão de tubo, aqueles que só existem em igrejas e podemos ver em São Paulo, na Catedral da Sé. A banda chegou ao cúmulo de possuir em sua formação nada menos que......um médium... Imagina ...... os caras tocando e descendo espírito no maluco.... O pior ..... o motivo do fim da banda...... o médium MORREU !!!!!! A pergunta...em quem ele iria incorporar? O mentor da banda, Antonio Bartocetti (provavelmente com o "cu na mão") resolveu formar uma outra banda, só um poquinho mais certinha.,..o Antonius Rex... Porém, justamente em 2011, apenas 40 anos após o fim do Jacula, o 'esquisito" (mas que não deixo de ouvir) Bartocetti reaparece com um novo disco do Jacula (esse aí de cima).

Mas para encerrar, apenas queria lembrar de mais algumas bandas que gosto, nenhuma muito conhecida, mas que considero todas muito bacanas (sempre lembrando que nada é alegre e muito dançante e que devem apenas ser ouvida no sossego do lar, de preferência sem que algum vizinho possa ouvir e pegunte quem morreu. Não... não é o Frank Aguiar (segunda vez que cito ele....será algum tipo de paixão ? Uauuuuuu..)
Pois bem ..., em termos do que considero etéreo, alguns bons exemplos que me vêm à cabeça no momento são o Black Tape for a Blue Girl (EUA), Love is Colder Than Death (UK), Mellonta Tauta (Argentina), Jaramar (México - e ainda mistura tudo com folclore local), Ordo Equitum Solis (itália, muito influenciado por Jacula), Dark Santuary (sei lá), Glimmer Void (Grécia), Moon and Nightspirit (Portugal), Echodalia (Espanha), Sorrow (Inglaterra), Individual Industry (Brasil, meio eletrônico) e Narsilion (não sei de onde), além das já citadas e mais famosas Cocteau Twins, Dead Can Dance e This Mortal Coil).

Ainda, em termo de néo-classico: Stoa (Alemanha), Anchorage (Alemanha), Artésia (França), Arcana (Suécia), Experos (Portugal), Black Rose (Alemanha), Cherche Lune (França), entre
outras.. Talvez, por um lado, pareça meio inútil ficar mencionando um porrada de bandas que acredito que pouca gente conheça, de um estilo musical que talvez também muita gente nem goste. De qualquer forma, tento levar apenas pelo lado de que se é um tipo de música que gosto e admiro muito, não vejo motivo para que outras pessoas também não possam gostar se tiverem um pouco de curiosidade e interesse em conhecer. Particularmente, não deixo de consideram apenas uma ótima opção musical para quem quer apenas ficar na boa, tirar o estress e esquecer toda merda que enche o saco todo dia e ficar de boa, pensando na vida, em casa, sem se preocupar com trampo, vizinhos, ruas, tretas, problemas ou o diabo a quatro e... enfim.... consegui chegar ao fim, como eu queria, um pouco após o texto encobrir a imagem da capa do disco do Mellonta Tauta... Sensacional.






LOVE BEACH


"Estilo" talvez seja uma das palavras mais perigosas do dicionário. Embora subentenda-se dela o conceito de elegância, também é possível subentender o de supremacia que, mesmo no dicionário, também está muito próxima da palavra segregação, embora, por definição, estaria mais corretamente próxima da palavra gênero. Em um mundo plural e respeitoso deveria significar apenas uma escolha, entre infinitas possibilidades, sem qualquer grau de subordinação. Porém, como o individualismo e a insegurança fazem com que as pessoas necessitem competir, acaba se tornando uma disputa de gostos, autoafirmação.
É correto que todos precisem se autoafirmar, mas tanto ego é desnecessário. Opções são saudáveis e merecem respeito. Mesmo em se tratando de gênero, a palavra estilo pode gerar confusão e preconceito. Como atualmente estou muito a fim de falar apenas de música, como exemplo de tudo no universo, aqui vai....
E lá vem Pink Floyd na cabeça e aqui vai minha dúvida (comprar ou não a caixa Discovery) , ou melhor, meu exemplo. Em março, Roger Waters fará shows em São Paulo. A turnê The Wall, na Argentina, já superou, em termos de venda de ingressos, a última passagem dos Rolling Stones na terra dos hermanos. E se falo em Pink Floyd, todos pensam em uma grande banda clássica de Rock. Mas se falo em rock progressivo, todos torcem o nariz ao rococó sinfônico do estilo, sem se dar conta que Pink Floyd é apenas a banda mais conhecida do gênero. Mas Pink Floyd é sempre lembrado como Rock, nunca como progressivo. Em compensação, se falo Yes ou Emerson, Lake e Palmer, todos pensam em progressivo (blargh) , não em rock.
Realmente, Yes e ELP caracterizam tudo o que é considerado mau gosto no progressivo. A pretensão, os exageros, a breguice e excesso de virtuosismo desnecessário. Nada mais característico do que a capa do último disco da fase "áurea" do ELP: o disco Love Beach. Os três caras sorrindo, com as mãos na cintura e as camisas abertas, exibindo os peitos peludos. Muito "estiloso". Mas, inacreditavelmente, alguém gostou tanto da idéia que a capa existe (embora a banda tenha caído no ostracismo após o episódio).
Preconceitos à parte, a capa apenas não condizia com o estilo musical, que trazia a pretensão de ser uma música "culta", "superior". A mesma capa não causaria espanto algum em um disco, por exemplo, do Bee Gees.
O mais triste é que a pretensão e os deslizes de alguns tenham comprometido a carreiras de bandas muito mais interessantes, simplesmente por serem taxadas de "progressivas", com ELP e sua Praia do Amor.
Em 1969, ao lançar seu Bitches Brew, Miles Davis foi odiado por muitos "puristas" do jazz, acusado de ter "traído" o estilo. Pois é, ele estava apenas reinventando o "estilo", ao criar o fusion, a mistura primordia do jazz com o rock.
Mas...por que mudei de assunto tão bruscamente, do rock progressivo para jazz ? Simplesmente pq muitas bandas "progressivas" estão muito mais ligadas ao jazz do que a ELP e música clássica. John MachLaughin, guitarrista de Miles Davis em Bitches Brew (e nome de uma das músicas do disco), posteriormente montou sua própria banda, a sensacional Mahavishnu Orchestra, que pode ser encontrada em qualquer loja especializada em .....progressivo.

E tem mais... Soft Machine, uma banda seminal do estilo, que iniciou sua carreira em casas underground londrinas tocando junto com o Pink Floyd, firmou sua carreira no conjunto sax, baixo, bateria e teclados. É conhecida como "progressiva". Quem procura conhecer o estilo mais profundamente, já ouvir dizer que o Soft Machine é a banda mais famosa do estilo "Canterbury Sounds", simplesmente pq muitas bandas formadas na cidade passaram a seguir o estilo do Soft Machine.

Enquanto isso, na França, outra banda "progressiva", o Magma (não confundir com a banda homônima argentina, que é horrível) , criou seu próprio "estilo", partindo da influência de John Coltrane (JAZZ). Embora goste muito, reconheço alguns exageros na banda, ao misturar tudo com vocais líricos (rock+jazz+ópera) e, principalmente, por criar uma língua própria, o Kobhaian. Porém, um dos bateristas do Magma, Daniel Dennis, montou outra banda, o Univers Zero (jamais confundir com NXZero) , que, embora seja "progressiva", ainda é mais fiel ao jazz que o Magma. E então surgiu mais um "estilo", o Rock in Oposition, junto com outras bandas progressivas que tocavam jazz (simples assim),. como o Henry Cow, Art Zoyd e Present (formada por um guitarrista que saiu do Univers Zero, Roger Trigoux). E o que diferencia o Rock in Oposition do som de Cantenbury ? Boa pergunta... apenas que foram bandas que tocaram em um festival chamado Rock in Oposition e tenha se popularizado mais na Bélgica, graças ao Univers Zero e Present, embora o festival tenha ocorrido na Inglaterra. O Henry Cow é considerado Rock in Oposition (pq organizaram a bagaça toda), embora seja inglesa.
O próprio Bowie, um dos maiores ícones de estilo e bom gosto do século XX (e XXI, pq não?) foi um dos criadores do Glam Rock, junto com Brian Eno e Lou Reed, que acabou gerando crias bizzaras (em termos visuais, digo), como Twisted Sisters, New York Dools e outras bonecas do rock.
Hoje, Lady Gaga se diverte e enriquece fazendo do Kitsch e do bizarro algo moderno e estiloso. Provavelmente, daqui a alguns anos será considerada tão de mau gosto quanto as ombreiras e mullets dos anos 80. Tudo uma questão de "estilo". Supremacia. Tudo tão fashion e volúvel quanto as tendências de cada estação.
ELP, no melhor estilo "mamãe, olha como eu sou gostoso."






Monday, August 29, 2011

Sunday night (nada a ver com sorvete noturno)

E naquela noite tudo parecia vazio. Nada a ser dito, embora o coração insistisse em que algo deveria ser contado. Algo ruminava em seu interior e precisava de ar e liberdade e compreensão para deixar de ser silêncio. O verbo necessitava se fazer. Como um recém-nascido necessita do grito e do choro. Para sentir o ar e a vida invadir cada limítrofe espaço desprovido de oxigênio. Uma sensação nova e agradável, como ler um poema inédito de Leonard Cohen.

E assim como a vida nasce, sem nenhum plano ou promessa, mas cheia de esperança, o texto aflora, mesmo sem tema ou assunto. Afinal, é algo que vive e pulsa, como o sangue expelido nos batimentos do coração...

E, de repente, o texto se sente solitário e pede a seu autor a presença de um personagem, assim como o homem original implorou a dEUS a presença da primeira mulher.

E o autor, relutante, escolheu personagens... Lembrou-se de pessoas vivas na memória, mesmo distantes. Sua ex-mulher, que carrega sua vida cotidiana, realizando coisas que o autor, por algum motivo, se ausentou de participar. Seu amigo de infância, muito querido, embora ligue nas impróprias horas da madrugada do domingo, na hora do sono incômodo que precede a rotineira segunda. Aquele velho amigo que não vê há anos, com sua família e suas crianças. A última mulher que te fez sentir algo, um sopro de vida, embora também tenha apenas ensinado o quanto ele podia se fazer de otário.

O tempo passa. E tudo se torna mais silêncio com os anos. Cabelos caem ou se tornam grisalhos. Pessoas se afastam e geram pessoas, para que, no futuro, ocupem seus espaços quando partirem. E o mundo, que não envelhece aos olhos humanos, apenas gira, para se manter vivo, enquanto assiste, simultaneamente, bilhões de comédias particulares.

E ela se aproxima, na imaginação, com seu rosto curioso e seu corpo pequeno e esbelto. E, franzindo a testa, pergunta ao autor: "Por quê ?" Ao qual ele responde: "Não sei". E apenas a eles cabe entender o significado deste diálogo, visto que é íntimo e particular.
E ela se afasta, enquanto o autor volta a sí, dissipando sua própria imagem e retornando ao ausente momento instantâneo, à insistente caneta, brinde azul da smurfética empresa onde trabalha, que discorre sensações espontâneas, apenas com pequenas pausas, quando a tinta falha. Afinal, brindes tendem a ser utensílios imperfeitos....

E há tanta coisa que gostaria de dizer. Mas não neste texto, mas às pessoas. Mas pessoalmente as palavras falham mais que a tinta da caneta de brinde, embora sua vida e seus sentimentos não lhe pareçam tão ocasionais e baratos...

E nestes casos, as palavras certas continuarão perdidas, embora ele as procure, na esperança de um dia certeiro. E que os erros e falhas apontem a combinação correta e o instante preciso. Por enquanto, apenas silêncio...

E a caneta, ao pé da página, que silencia, enquanto empurra o papel rascunhado para o lado da cama e fecha os olhos, procurando apenas, neste silêncio, um pouco de paz, qnaunto adormece, de encontro ao sono incontínuo que precede a manhã de segunda...

O telefone toca ....

Monday, August 01, 2011

Recauchutagem





Pois é....e de repente me dou conta que estou com 38 anos e o tempo passa rápido, muito rápido. Talvez seja a tal da crise da meia idade, sei lá... não sei, mas também não me preocupo muito com isso. O problema é que o corpo começa a se ressentir, e de repente, parece que, apesar dos 38, me sinto em um corpo de 50, mas com a cabeça nos 20. Não me sinto diferente de quando tinha essa idade, exceto pelos problemas do corpo. Embora seja um problema bem pessoal, acredito que deve afligir outras pessoas também. Então vale a pena falar sobre isso. Afinal, não... não somos exclusivos em nada. Sempre tem alguém na mesma, acredite (até na mulher, às vezes). Desculpe, mas é a verdade, meu amigo... E esse descompasso entre o cansaço físico e a vontade de permanecer jovem, assim como a cornice, pode parecer óbvio para todos que o cercam, menos para você, que carrega o descompasso matemático nos ombros, sem perceber (ou sente, mas não vê). Afinal, somados os "50" do corpo e os 20 da cabeça, dá 70, que divididos por dois, dá 35, ou seja, mais ou menos sua idade real, descontados aqueles três anos perdidos da juventude, no exército, no pré-vestibular, desempregado, sonhando com aquela gostosa que nunca te deu bola ou apenas bêbado demais, com os amigos. Mas se você se encaixa em tudo até aqui, meu amigo, lamento, mas uma hora vai ter que perceber que o desconto é inverossímel. O motivo ? O descompasso aumenta cada vez mais com o tempo. O corpo se ressente e você não vai querer que ele chegue no caixão justamente quando sua cabeça ainda está no melhor da festa.


Ok. Costumo criticar o povo da academia, sempre com seus corpinhos em cima, com 25. Cada um, cada um, mas sinto que, geralmente, o problema é que enquanto o corpinho está com 25, a cabeça está.... no corpinho. Descompasso. Apenas no sentido oposto. Quando há exagero, é claro. Também não pretendo generalizar, uma vez que nada é absoluto, quando se fala no gênero humano.


Pois bem, não sendo o caso, constatado o peso do tempo, o que fazer ? Correr para a academia ? Nem pensar... até porque, correr, neste caso, já está ficando uma prática complicada. E quando você está em outro time, muitas vezes o ambiente da academia não parece muito simpático. Portanto, amigo, aproveite seus 35 anos imaginários (descontando aqueles três que você quer descontar), se antecipe à crise da meia idade e....VÁ AO MÉDICO, PORRA !!!!!!


Pronto !!!! Saiu. Como todo homem, precisei de toda essa enrolação para me convencer que o médico pode ser um bom camarada (exceto se pedir AQUELE exame que você não deve pensar que ele pode pedir). Geralmente, nessa idade, os homens já não estão mais para a balada, mas casados, com filhos. Geralmente, suas mulheres, mais cuidadosas com o corpo (hipocondríacas, a seu ver), incentivam a isso (ir ao médico). Não querem ficar viúvas (geralmente) e sabem os telefones e sites de todos os clínicos e clínicas.


Mas se você é um largado e está por aí, neste mundo antropofagista, lamento, amigo, mas é hora de se tocar que o futebol com os amigos não é garantia de vitalidade e vida eterna (in memorian Bussunda).


Bem...descobri isso da pior forma (isso dá nome de revista de fitness, no mundo bizarro) e estou tentando acertar as contas. Por isso, a recomendação.... Não sou o bom Dr. William Burroughs, um dos meus ídolos da adolescência (que perpetua até hoje, por sinal), que sabia dosar seus excessos e crises de abstinência de drogas, com o uso de outras. Ele tinha formação médica. Nós não. Portanto, se seu lado sênior te nega o incentivo, pense pelo lado adolescente, lembre da loira linda (a porn star Janine) da capa daquele disco chato e adolescente do Blink 182 (sempre quis usar essa imagem para alguma coisa. Arrumei uma desculpa...) e vá se cuidar. Ignore a possibilidade "daquele" exame e que, se for o caso, lamento, mas não será com a Janine, mas provavelmente com um médico japônes. E...se for, seja otimista.....podia ser pior....


E como este é um texto de macho que, como bom macho, não curte "aquele" exame, obviamente, precisa ter alguma citação futebolística. Portanto.... considere que, como no futebol, seus 38 minutos ainda podem ser apenas do primeiro tempo.

Monday, June 20, 2011

ARMAGEDDON

Não. O mundo não acabou em 21 de maio, como previsto. Melhor assim, acredito. Porém, ainda não é motivo para regozijo. Costumo brincar que isto não é motivo para desprezar o Armageddon. Afinal, todos sabem que o fim do mundo ocorrerá, realmente, no ano que vem, em 2012. Dia 21 foi apenas, o "dia da seleção", digamos.. O resultado mesmo.....só em 2012.
Pois bem....conversando com meu irmão não biológico que a vida me deu, o Fábio, concluimos que se, como dizem, a solidão foi o mal do século XX, a auto suficiência é o do século XXI. Realmente. Vivemos uma época de glamour. De sucesso. Cada pessoa se considera, particularmente, especial e vitoriosa. Cada um traz uma história de sucesso e de conquista, não importa qual seja. Os seres humanos morreram. Vivemos em um mundo de Deuses. Todos e cada um possui seu emprego, sua carreira, seu dinheiro, pequenos objetos mecânicos multifuncionais que refletem status e independência, embora todos estejam cada vez mais dependentes deles. Na prática, apenas trocamos pessoas por objetos, nos afastando das relações pessoais pela informalidade das máquinas. Cada vez mais portáteis, multifuncionais e rentáveis. Cada vez mais provedoras, para pessoas cada vez mais autosuficientes.
Nunca malhamos tanto. Nunca fomos tão belos. Nunca nos amamos tanto. Nunca fomos tão livres, tão independentes. Talvez, por isto, os conceitos de "família" e relacionamentos pareçam cada vez mais arcaicos. Ninguém precisa de nada. Nem de ninguém. Os contatos são cada vez mais superficiais, pois precisamos mais de contatos do que de amizades íntimas e duradouras. Cada um cria os próprios filhos sozinho e se orgulha disso. A própria concepção ocorre em momentos de prazer individual entre dois indivíduos. Precisamos do outro apenas porque ainda não criamos o "auto sex lover". Mas fica aí a sugestão para a Sony, a Nokia, a Apple ou a IBM ou qualquer porra transnacional. Quando muito, cada um procura no outro, cada vez mais, não a saudável troca de afetos, mas a idolatria dos deuses gregos, transformada em desejo pelo físico, para auto satisfação pessoal e momentânea.
Recentemente, ao publicar um livro, descobri, pela experiência, ter fracassado miseravelmente. Expurguei fraquezas em uma época em que todos se consideram vitoriosos e querem exemplos de histórias de sucesso para se sentirem ainda mais individualmente poderosos. Aprendi com o erro, ao perceber pela fria recepção das pessoas que, talvez, muitas apenas riram de um pobre coitado, tão bobo e tão fraco. Tão diferente delas. Prometo corrigir este erro em um próximo livro, caso surja nova oportunidade editorial.
Como nos quadrinhos da série "Miracleman", publicada no início dos anos 90, única a reunir, sob o mesmo título os dois maiores escritores britânicos de HQs, a meu ver, mas as torcidas do Manchester e do Liverpool concordam (como se eu entendesse alguma coisa de futebol) , Alan Moore e Neil Gaiman, quando o homem se descobre superior, forte e independente, comete o equívoco de se considerar o super-homem de Nietzsche. E o que é o super-homem, o ser superior, senão...dEUS ? Estamos nos tornando deuses particulares de nossas próprias vidas ? Afinal...somente a nós mesmos elas pertencem. Sim... Talvez em um processo exageradamente acelerado da escala evolutiva estejamos realmente nos tornando deuses ou cada vez mais próximos dele. Ou apenas nos achando. Cada vez mais fortes e robustos, como......dinossauros. Fortes e robustos. Absurdamente autosuficientes. Misteriosamente extintos. E que o mundo não acabe em 2012. Assim como não acabou em 21 de maio...

Monday, April 11, 2011

SAI CAPETA (mas só daqui a 2 mil anos...)

BOOOOOOOOOOO !!!!!!!!!!!!!!

Sou absolutamente não teológico e dEUS sabe muito bem que não acredito nele, graças ateus (mas que ele existe, existe...) Logo, obtenho permissão (de mim mesmo) para criar teorias bizarras e contestáveis sobre a criação......


AVISO:

Se alguma mulher estiver lendo isso, pare por aí!!

Não quero perder minhas amigas, apenas sublimar algumas revoltas. Mas se continuar, tudo bem.....este texto se apagará da memória em cinco minutos.....



Pois bem, a teoria tosca: convenhamos....partindo do pressuposto da existência divina e da teoria de que o homem foi criado à imagem e semelhança de dEUS, então..... e a mulher ????? Se o homem é a imagem de dEUS e a mulher é o oposto do homem (exceto a Bianca Soares, aquela mina do BBB que não lembro o nome e mulheres de tromba, she males em geral...), então, quem criou a mulher ??? O oposto de dEUS, claro !!!! Ele mesmo ..... o capeta!!!!! Ou alguém acredita mesmo que a mulher foi feita da costela do homem ? Se aquele mulherão, maior que eu, que senta ao meu lado no Metrô, é minha costela, então obviamente, me sinto em pleno direito de reivindicar: "Porra...devolve o que é meu !!!!". Vou pegar para mim o que é meu por direito. Ninguém me pediu nada e não lembro de ter doado a minha costela a ninguém.

Outra prova ao menos consideravelmente consistente sobre a afinidade entre a mulher e o capeta (foda-se...não tenho vergonha na cara, nem nada a perder...) : alguém já imaginou dEUS ou, ao menos, seu primogênito, Cristo, como entidades sedutoras ??? Não....nunca !!! E o capeta ???? Quem nunca ouviu dizer que o diabo é sedutor ? Em contrapartida, no plano terrestre, o que é mais sedutor que a mulher ? E cada uma sabe o poder que tem e o utiliza, de acordo com eventuais caráter e bom senso (ou ausência de).

E mais sinuoso do que elas são diria que é o caminho pelo qual conduzem eu e você, seu mané !!! Explico .... (e agora é sério). Partindo dos princípios do cristianismo, que exemplos Cristo deixou para o homem ? Morreu como um rei, poderoso, rico e bem vestido ? Ou será que ele não tinha capacidade para isto, o pobre Cristo ? Morreu na merda, sozinho, pelado e crucificado. Pregou a virtude. Pregou a humildade. E qual a virtude que cada mulher hoje nos cobra ? A "virtu" Maquiavélica, de não ser enganado, de se manter no poder, ser o príncipe e nunca ser abatido por seus inimigos. Toda mulher admira o poder, o status, a segurança e a força. Tudo oposto ao loser Cristo, que morreu cabisbaixo e sangrando, embora pudesse transformar água em vinho, coisa que nenhum Maquiavel, Hitler ou o Brad Pitt seriam capazes.

Pois bem... e nós, que adoramos as mulheres, somos todos por elas afastados, de certa forma, de alguns exemplos de Cristo (caraio, tô parecendo crente). Enquanto Cristo ensinou a humildade e o altruísmo, a mulher nos cobra a segurança e o poder. A mulher-cobra, do homem ideal, o status, a força, a beleza. A predominância sobre os outros homens. A distinção e não a igualdade. A mulher quer o homem guerreiro. Cristo foi um pacifista. A mulher quer o homem invencível. Cristo foi nunca travou batalhas. A mulher quer do homem "a pegada" e a única pegada que Cristo deixou foi na areia, caminhando sozinho. E quem, ao contrário, reivindica o poder e a posse? Que tal Lúcifer, o anjo caído, que criou o inferno ao se rebelar contra dEUS por ciúmes e criou seu próprio reino ?

Adoro as mulheres, de verdade, mas não gostaria, em momento algum, de me tornar um tirano para ter uma ao meu lado. Apenas lamento que sejam tão levianas e superficiais que apreciem apenas as virtudes mais mundanas e superficiais do homem. Apenas o que o homem possui de mais fraco: a ganância, a volúpia, a cobiça... Porra...isso cansa. E Cristo, neste contexto, sirva apenas como garçom, transformando água em vinho....



"Garotas boas vão para o céu....as más vão para onde quiserem"

(e no inferno, só tem homem ??????)

Sunday, April 03, 2011

COÇA MINHAS COSTAS

Scratch my back-Peter Gabriel

Há alguns meses pensei em escrever algo sobre o disco "Scratch my back", do Peter Gabriel, de 2010. Alguém pode perguntar: "O que tem de interessante em disco "novo" de ex-vocalista de banda de rock progressivo dos anos 70?" Pois é....pois é......o que pode ter de interessante? O pior é que tem. Primeiro: é um disco de covers, coisa muito rara no estilo. Me lembro apenas de um, do Fish, que, no
fundo, não passa de um imitador confesso do....Peter Gabriel. O disco, inclusive, tem cover do próprio Gabriel, óbvio, da época do Genesis.. Pois é...agora é o próprio Gabriel gravando um disco de covers. Mas aqui, a coisa é diferente. O que chama a atenção de cara: a escolha das músicas. Ao contrário do disco do Fish, aqui não tem nada de regravação de músicas do Yes, Genesis ou Pink Floyd. Nada disso. Além do triumvirato do bom gosto (Bowie, Lou Reed e Neil Young, podendo qualquer um deles podendo ser trocado pelo Bob Dylan, ao gosto do freguês), algumas coisas inusitadas que preenchem o disco: Regina Specktor, Talking Heads, Radiohead, Elbow e Arcade Fire. Quem poderia imaginar um vocalista de progressivo dos anos 70 regravando Arcade Fire?
E o mais interessantes é que, em alguns casos, como nesta "My body is a cage", a versão de Gabriel consegue ser até mais interessante que o original (não é o caso, claro, de Heroes, do Bowie). Segundo: todas as músicas são gravadas apenas com voz e orquestra, sem banda. O disco pode parecer um pouco cansativo, para quem quer escutar apenas um bom disco de rock, mas nem tanto para quem quer ouvir, acima de tudo, boa música, sem rótulos. E nesse quesito, acho que Peter Gabriel é quase uma unanimidade. Por mais que leia a respeito, não lembro, nunca, de ter lido críticas negativas a seu respeito, em qualquer época, em nenhum lugar. Quando não quer gravar, não grava. Quando grava, faz algo novo. Voltando à escolha das músicas....o que considero mais inusitado: Magnetic Fields. Quase não conheço quem conheça essa banda,que, por sinal, é muito bacana. Muito menos imaginar o Peter Gabriel ouvindo e, pior, gravando,
música do Magnetic Fields. E já que
o papo é música e música prog, dos
anos 60 e 70, acaba de ser lançado um
livro muito bacana,chamado "Rock
raro", que podia, muito bem, também
se chamar: "Vinil raro"A idéia:

Gota suspensa ou "Metrô"
resenhas de mais bandas completamente obscuras dos anos 60 e 70.
Somente coisas que a maioria das pessoas nunca ouviu falar e nem eu, nem você.
A idéia: dar uma noção do que são esses discos, para que os interessados possam correr atrás. Bem bacana. E para quem já tem interesse no assunto, nada mais legal do que encontrar, no meio daquele monte de coisas bizarras, essa ou aquela que você já gosta e tem. A idéia me faz pensar em uma outra versão: um livro somente com bandas com nomes bizarros. E haja tosquice na coi
sa: que tal o disco novo do Samla Mammas Manna (que, no decorrer dos anos, trocou o nome várias vezes, por exemplo, para Zamla Mammas Manna e Von Zamla, entre outros) ? E essas: Gnidroloc, Ordo Equitum Solis, Cherche Lune, Mellonta Tauta, etc..Só na Itália: Loccanda Dela Fate, Banco del Mutuo Socorso, Museo Rosenbach e Premiata Forneria Marconi (traduzindo: a Premiada PADARIA do Marconi. Que porra é isso?). E essa: Bersuit Vergarabat.....Ai alguém pode dizer: "Ahhh, mas isso é alguma banda entranha de algum país estranho do leste europeu!!!". Nada.....É daqui, pertinho, dos nossos hermanos argentinos. Aliás, essa banda tem uma música muito legal, tipo o "hit" dos caras, que chegou a passar inclusive na MTV brasileira, durante uns tempos, chamada "Sr. Cobranza", na qual, delicadamente, chamam o então presidente da Argentina, Carlos Menem, de "narcotraficante filho da puta". Singelo!!!!!!
Mas não é só banca obscura. O que dizer de "Smashing Pumpkins" ou "Kid Abelha e os Abóboras selvagens" ? E já que chegamos ao Brasil, que tal ouvir um disco ou ir a um show da banda "Recordando o vale das maçãs" ? Ou da "Gota suspensa" ? Que porra é isso? Pois é...quem tem mais de 30 certamente já ouviu essa banda e não sabe. Tiveram bom senso, mudaram o nome e fizeram muito sucesso, nos anos 80, com um nome muito mais simples: "Metrô", com aquela
vocalista, a Virginie, que, na época, disputava com a Paula Toller o título de "princesinha" do rock brazuca. Ahhh, e pra não ficar nos progs italianos, para provar que nome tosco não tem preconceito e está em todo lugar, vamos para o extremo oposto do prog: o punk. E lá vai......que tal chegar numa loja (embora ninguém mais faça isso) e pedir um disco do "Circle Jerks"? Nada demais, enquanto não parar para pensar que o nome significa algo como "Confraria dos punheteiros". E o MDC ? Não...MDC não significa Mirandaia, Dráusio e Camargo, nem Máximo Divisor Comum. Mas bem que poderia, uma vez que, a cada disco, a sigla significava um nome diferente. Então você podia procurar o disco do Million Death Cops...ou do Million of Death Childrens, Multi Death Corporations ou Million of Damn Christians.
Bom...é isso. E deixando de lado esse papo de bandas com nomes estranhos, que ninguém conhece, que tal irmos hoje em um show grátis do.....
?

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Sunday, March 20, 2011

Medeamaterial

Heiner Muller

Uma ou duas vezes, aqui mesmo, já descrevi meus
sentimentos e minha postura política (ou apolítica)
em relação ao jornalismo. De repente, em
pleno domingo santo de Fausto Silva, sinto vontade
de chover no molhado. Chove lá fora e aqui...faz tanto frio...(tô ouvindo muito Lobão).
Enfim....um dos dramaturgos que mais respeito, discípulo direto de Brecht, Heiner Muller, escreveu, em sua autobiografia "Guerra sem batalha - uma vida entre duas ditaduras" que a tônica teatral segue padrões políticos, na seguinte proporcionalidade: "quanto mais governo, mais drama, quanto menos governo, mais comédia...". A frase, efetivamente de espírito, me pareceu, quando li, perfeita para descrever o que vejo e sinto, sem entrar no mérito da minha razão, uma vez que toda razão é contestável, não se tratando de equação matemática. Enfim..dentro deste contexto, me vejo vivendo em plena encenação de uma extensa comédia. Uma comédia política. Uma comédia editorial. Uma comédia de existência.
Somos, hoje, crias de um governo pseudo operário, criado pelo sucesso e "bom desempenho" do ex-presidente Lula. Um homem do povo. Dois governos. Uma sucessora. Um desejo incontido de continuismo e uma sensação de "daqui a quatro anos estou de volta, pessoal !!!!". Um governo representado por um homem do povo. Com bons programas sociais, amplamente amparado pela classe mais pobre da população, pelos nordestinos (basta ver os índices das últimas eleições), por identificação e suborno escancarado na forma de política social. Em resumo (para poupar o enfim..) , um governo do povo ou uma quase anarquia, tendo em vista que quando o povo se vê representado pelo povo na forma de um indivíduo, se torna apolítica, pois tudo está bem e em boas mãos (de "um dos nossos") . E o que, desta forma, poderia ser chamado de "democracia plena", também pode ser visto como uma forma de anarquia se quem dela sobrevive, com ela não se preocupa, como se não existisse governo, uma vez que vive bem com ela.
Estou apenas tentando rotular as coisas de uma forma diferente, de acordo com um ponto de vista particular. A diferença: na democracia plena, o povo acompanha, pede justificativas e punições, participa. Nesta "pseudo anarquia", embora haja um governo e governantes, tudo é permitido e perdoado, como se tudo fosse permitido e perdoado, como se não houvesse poder ou o poder fosse pleno ou inconstestável, como nas ditaduras (mas sem repressão). A diferença: na ditadura todos estão descontentes. Tudo é repressão. Na "pseudo anarquia" todos estão contentes. Tudo é perdoado, bilateralmente. E sinto que é nesta situação que vivemos, hoje, sem entrar no mérito da razão se isto é bom ou mau.
Vivemos a vastidão da comédia, descrita por Heiner Muller.
Isto é bom? Visto por dentro, sim. Todos estão felizes. E do ponto de vista pessoal, isto reflete que, com esta satisfação, cada um sente em si mesmo uma certa celebração. Um certo ar de euforia coletiva. Mas, o que me pergunto, é se isto também não é como viver, na prática, a sociedade descrita por Aldous Huxley em seu "Admirável mundo novo", no qual todos são tiranizados e controlados, mas não percebem, pois cada um pensa que é feliz e satisfeito, dentro do melhor padrão social possível. Deem ao macaco uma macaca e uma banana e tudo parecerá perfeito.
Normalmente, o "Admirável mundo novo" (o livro) é comparado ao "1984", do George Orwell. A diferença: no primeiro todo são felizes sob a ditadura. No segundo todos são infelizes e reprimidos sob ela. Um representa o que chamei de "pseudo anarquia". O outro, a ditadura em sí.
Minha posição "apolítica" sobre isso: apenas assumo meu distanciamento, minha inércia, minha impotência. Não posso mudar nada e nem sei se deveria tentar ou se há algo a ser mudado. Afinal, todos estão felizes, vivendo nessa "Matrix carnavalesca".
Minha posição profissional: (enfatizo o profissional. Não "sou" jornalista. "Ser jornalista" limita a pessoa a (perdi minha crase) profissão. Jornalismo é apenas meu ganha pão. Não ostento o peito para dizer "Sou jornalista" como se estivesse colando um rótulo de superioridade. Nem sustento extensas discussões punhetoverborrágicas para expor conhecimentos sem qualquer objetivo prático. A maioria dos jornalistas, politizados, contextualizados e politizados, também sabem de tudo. Mas, ao contrário do meu distanciamento, procuram uma postura "dialética", ativa ????? Não....claro que não. Afinal, todos estão felizes. E os jornalistas, que "são" jornalistas, importantes formadores de opinião, com opiniões próprias e contundentes (como estas) para discutir com outros jornalistas nas redações, nas reuniões, nos elevadores ou nos "happy hours" , em bares repletos de jornalistas falando sobre jornalismo, também com posições políticas contundentes para discutir com outros jornalistas, o que fazem? De efetivo,digo... Ou estão todos satisfeitos e felizes, segurando, cada um a sua banana, na forma de outro copo de cerveja?

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