SPOKEN WORD

Tenho, ultimamente, sentido uma tendência a compartimentar coisas. Neste sentido, depois de publicar alguns poemas na forma de livro tenho sentido vontade de escrever sobre música no blog. Mas resolvi mudar. Não de uma vez. Meu lado metódico não deixa. Então, para ficar no meio termo, resolvi escrever sobre os "spoken words", aqueles disquinhos em voga, principalmente, nos anos 80 e 90, nos quais os músicos resolviam dar a cara a tapa e gravar discursos, palestras, performances, etc... Só para os fãs mais aficcionados, é claro. Posso estar errado, mas tenho a impressão que o "gênero" teve início no final dos anos 70, com o lançamento do "álbum póstumo" do Doors ou o disco "solo" do Jim Morrison: An ame



talvez forcem o bom senso. Particularmente, ainda que eu goste de

ouvir a Diamanda Galas recitando "As litânias de satã", do Baudelaire, por outro lado, outro disco dela, o "Schrei X" parece inaudível. Pessoalmente, acho que vale só pelo conceito: os diversos tipos de sons que um animal emite quando atacado em um espaço confinado. Ainda resultado de uma série de discos que ela gravou no final dos anos 80, início dos 90, em uma época de extrema revolta, em virtude da morte do irmão, vítima de AIDS. Outra coisa que me chama atenção é que, me parece, que mesmo em tempos de internet, não percebo muitos tipos de demonstração de idealismo ou outros talentos em bandas mais recentes.
Também, imagina um spoken word do vocalista do "Panic at the disco" e todas essas bandas emo em geral. Sei lá..... talvez alguém possa citar o Rage Against the Machine, que passou por aqui no SWU. Mas o RATM não é banda nova. É dos anos 90 (lembro que curti muito Killing in the name quando saiu o primeiro disco dos caras). Mas, não sei, os fãs que me perdoem, mas sinto um certo grau de "desconfiômetro" no discurso deles. Me lembra um pouco algo como, sei lá, um "O rappa" mais vitaminado.Tá.....os caras distribuíram ingressos para o pessoal do MST e tal, mas...não sei...não me convence muito. Principalmente depois que li em algum lugar que, entrevistado por um jornalista esperto, o Tom Morelo respondeu que "sim, se considerava um socialista" e então o jornalista perguntou o motivo pelo qual, então, ele só viajava na primeira classe. "É difícil tirar os privilégios de um homem", teria respondido. Enfim...deixa quieto. Tom.....toca sua guitarra, que isso você faz bem. Mas, por favor, não tente gravar um spoken word. Para não dizer que não lembro de nada neste sentido, em bandas recentes...tem o livro de culinária do vocalista do Franz Ferdinand. Bem ou mal não dá para negar...Esse é útil, pelo menos.
" I am an island in this cesspool called history. I inhabit the crumpled remains of a place that once was. I stand before you. The ultimate in contradictions... appearing to some as an angel os the pity, a twisted sister of mercy. The whore of Babylon. A lepper messiah. Mother superior or just another straight up hardcore cunt. Instaled here, in the insane asylum. Directing, forever, because i love it so fucking much. The theatre of poetry e pain of cruelty e degradation...of transgression. Or the way i like to look at it. Elegant decay. Exquisite torture..."
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