Plantão de emergência particular

FLASH -
Quando? - Sábado à noite. Quem? Eu (vela Branca de sete dias) e um casal de amigos ("bro" Biroca e sisterzinha Arê). O quê ? (o que é isso? Eu bêbado ou tentando explicar o que é lide ?) Os três "Stooges" barrados na porta do show do Jens Lekman. Onde ? No Studio SP, ali pertinho do "Inferno", na Augusta.

O FATO -
Não compramos ingressos com antecedência, achando que só a gente queria ver o "Quem? Jens o quê?" que, na verdade, muita gente conhece.

O QUEBRA-GALHO -
Pizza, é claro...... pra não voltar pra casa com cara de bunda.

A PERGUNTA QUE NÃO QUIS CALAR -
- "O que você achou do "KYiazoveosevstraw" ganhar as eleições no Irã?

MINHA RESPOSTA TOSCAMENTE PROPOSITAL -
- "Irã ? Quem é esse cara? Votei nele não. Voto no Léo Aquila, no Sérgio Mallandro, mas não voto nesse cara ..."

Exórdio -
Pois é....... tenho um ponto de vista muito particular e muito polêmico sobre "discutir notícias" e "estar atualizado". Quando fui estudante assinei, sim, a "Folha", li, sim, as baboseiras semanais da "Época", como todo mundo. Ahhhhh, e a revista Imprensa (que ainda acho bacana)....até chegar à minha atual postura de "foda-se a imprensa e seus detalhes"...... Como assim ???????
O que preciso saber ? O básico e sem nenhuma discussão.
Antes de apedrejar, os engajados que discordam, por favor, me respondam: Onde está o Lalau ?
(vamos brincar......vivo ou morto???? preso ou solto ?????) E o Pimenta Neves ? E o mensalão ? E o mensalinho ? E o Zé Dirceu ? E o maníaco do parque ? (preso ou solto? Casado ou solteiro ? Li que ele era recordista de cartas de mulheres apaixonadas na cadeia..) E os Nardoni ? E o Rambo de Diadema ? Como estão os donos daquela escola "que agora esqueci o nome e tô com preguiça de chamar o google" e que a imprensa fez merda e todo estudante cita nas redações de "quero ser estagiário de jornalismo" ?
Só aceito interrupção de quem, sem titubear, souber responder pelo menos três destas...
Pois é....tenho essa treta com a mídia. Acho que trata fatos como "a tendência fashion da estação" ou o Big Mac que te empurram pela goela. Em um momento todos estão discutindo detalhes forenses totalmente específicos e desnecessários do caso Nardoni. Na semana seguiinte ninguém sabe, ninguém viu como acabou. O assunto fast food da moda é outro. Mas é tudo engolida no mesmo copo de água e açucar que a novela da Glória Perez e o Big Bundas Brasil. (Não que eu reprove as bundas, claro. Respeito e admiro todas, com muito respeito). A diferença é que a notícia parece mais séria, pq é real e pq é contada com seriedade pelo cara que diz "Boa Noite" e não "Fala aí"... Não quero dizer que estes fatos possuem a mesma importância que a novela, mas que são assimilados do mesmo jeito, apenas com outra embalagem. No fim acabam virando apenas subsídio para papo de eelevador, depois do tempo e do futebol, ou para tentar impressionar o chefe, mostrando que, como ele, você também é sério e vê o cara de terno que diz: "Boa noite".
Na prática, os fatos não influenciam no seu dia-a-dia e, portanto, com o básico sua memória já está bem estocada. Particularmente, respeitaria mais se houvesse menos profundidade e mais longevidade. Notícia como objeto de consumo para vender jornal não me interessa. E falo isso com o conhecimento de causa de quem passa, paradoxalmente, de dez a 12 horas por dia dentro de uma redação de jornal. De quem lida diariamente com dono de jornal e sabe mais ou menos o que passa na cabeça desse povo.
Sou contra a profundidade verborrágica e passageira. Quero praticidade. E acho que a consciência social tem mais a ver com pequenas atitudes práticas particulares do que longas discussões que não chegam a lugar algum. Acho que uma notícia particular pode, sim, ser socialmente mais importante que estar inserido na realidade social.

PERORAÇÃO -
Nesta semana tive uma boa notícia particular. Me despedi da Máxima. Para quem já leu meus posts anteriores talvez saiba de quem estou falando. Para quem não sabe, é uma mulher que mora na rua, embaixo de um viaduto, perto da minha casa, e que cuida, soz inha, de trocentos cachorros.
Ela saiu das ruas. Uma pessoa, que gostaria de poder citar o nome (pois sei, mas não vou fazer por não me sentir no direito, sem consultar o cara) resolveu levar ela para uma chácara, onde poderá cuidar de todos os seus trocentos cachorros dentro de uma casa, protegida, amparada e recebendo salário para isto. Me despedi dela e ela falou que me liga qualquer dia. NUNCA imaginei que um dia esperaria mais a ligação de uma moradora de rua sem dentes do que de uma mulher bonita. A vida e seus paradoxos......Fico feliz por ela e hooje, saber para onde ela irá com certeza é mais importante para mim que soletrar o nome do presidente do Irã.