Ode a Baudelaire (ou poema simbolista)
Oh... forças negras do universo...
que a tudo observam com olhos aprumados,
poderiam oferecer-me uma luz que a luz negou,
em troca de um pouco de vinho e sangue humano ?
Hoje
eu sou o monstro
e tenho fome.
Ah... formas neutras do universo...
que habitam trópicos e pólos e abraçam o mundo com sua força,
oferecer-me, poderiam, uma crença virgem ou a negra luz que a luz negou
em troca de uma palavra secreta, um olhar puro ou um sonho eterno ?
Hoje
eu sou o homem
e tenho um nome.
Ei... forjas rubras do universo...
que espalham sangue e morticínio em sotãos mofados de dor e isolamento
e habitam a fúria do meu corpo nos momentos de revolta,
ceder-me, poderiam, as chaves deste frio tormento
em troca de uma gota, uma pétala ou um toque lento?
Hoje
eu sou uma crença
e tenho o homem.
Hooo... forcas frouxas do universo...
que aguardam o momento, a remissão ou o ressoar dos vaticínios
com a paciência esgueira do carrasco que resguarda a cimitarra
como quem guarda as tochas do destino sob um manto oco,
poderiam desatar os nós que me prendem os pés e impedem o vôo,
em troca de uma crença justa na sensação de piedade ?
Hoje
eu sou um anjo
e tenho asas.
que a tudo observam com olhos aprumados,
poderiam oferecer-me uma luz que a luz negou,
em troca de um pouco de vinho e sangue humano ?
Hoje
eu sou o monstro
e tenho fome.
Ah... formas neutras do universo...
que habitam trópicos e pólos e abraçam o mundo com sua força,
oferecer-me, poderiam, uma crença virgem ou a negra luz que a luz negou
em troca de uma palavra secreta, um olhar puro ou um sonho eterno ?
Hoje
eu sou o homem
e tenho um nome.
Ei... forjas rubras do universo...
que espalham sangue e morticínio em sotãos mofados de dor e isolamento
e habitam a fúria do meu corpo nos momentos de revolta,
ceder-me, poderiam, as chaves deste frio tormento
em troca de uma gota, uma pétala ou um toque lento?
Hoje
eu sou uma crença
e tenho o homem.
Hooo... forcas frouxas do universo...
que aguardam o momento, a remissão ou o ressoar dos vaticínios
com a paciência esgueira do carrasco que resguarda a cimitarra
como quem guarda as tochas do destino sob um manto oco,
poderiam desatar os nós que me prendem os pés e impedem o vôo,
em troca de uma crença justa na sensação de piedade ?
Hoje
eu sou um anjo
e tenho asas.
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