Sunday, June 18, 2006

SOMBRAS, BLUSH E BATOM

Essa é sobre maquilagem.O cosmético, o photoshop... Manipulação da imagem. Da realidade... Nanotecnologia. Garotas não saem de casa sem antes delinear seus olhos com sombras. E ficam lindas. Não que deixariam de ser sem tal recurso. Mas quem tem uma arma e sabe que pode matar se prepara para isto. As mulheres nos matam com os olhos. Com os brilhos e sombras. Como se não bastasse o "stretche", o "cotton" e a "lycra". E nós, ao contrário dos peixes, não morremos pela boca, mas pelos olhos e ouvidos. Somos incautos. Olhamos e ouvimos. E desejamos em vão. Os mais espertos usam as armas que temos: a boca. Falam e falam. E maquilam o que são. Não usam luzes e sombras, mas moldam a realidade. Se dão bem. Ou acham. Acontece que, talvez por Darwinismo ou seleção natural, as mulheres aprenderam e também estão boas nisso. Hoje maquilam os olhos, as faces e a realidade...Que medo!!!!
Recentemente me separei...(olha eu maquilando a verdade...nada que passa de 700 dias pode ser chamado de recente). Não ligue...não quero enganar ninguém, exceto a mim mesmo. Pois bem...sei que um mesmo fato pode ter várias versões. O fato é um só, mas as versões podem ser diversas e podem ser até mesmo sinceras. Há até quem acredite nas próprias mentiras. Acreditem... Se alguém te der um copo de água, dizendo que é vinho, como você poderá provar o que é ou não água? E se alguém resolver chamar vinho de água e água de vinho? São apenas nomes e convenções...maquilagem.

Faço parte de uma estranha geração. Vi nascer a internet. Há 12, 15 anos, a verdade era verdade. O que não era recebia apenas um nome: mentira. Hoje a realidade é virtual. E a verdade se molda. Alguém mais bem sucedida(o) financeira ou profissionalmente que o companheiro (a) de longos anos não o larga por falta de companheirismo: sente-se "sufocada". É simples...basta maquilar a realidade. Passar brilhos e sombras nos dias. A maquilagem. O photoshop. Como naquele filme..."Vanilla Sky". Basta abraçar cada vez mais a Nanotecnologia. E viver de felicidade digital.




(P.S. Preciso parar de ler tanto William Gibson...)