QUANDO, COMO UMA GAROTA SUPERPODEROSA, WILLIAM BURROUGHS SALVOU MEU DIA
Atualmente tenho ouvido muito falar em "estilo" como sinônimo de "atitude". Tatuagens, argolas e piercings cada vez mais tomados como a atitude do novo milênio. Não sei... chamo apenas de imagem. Mas frontispícios precisam de núcleos. Capas, de
brochuras. A beleza parnasiana está morta. A imagem, contestadora em si mesma? Sim, mas dentro de um padrão, logo, sem constestação motora. Contestação para contestadores, como espelhos para espelhos. Apenas imagens. È desejável a beleza em novos padrões, sim, mas rótulos apenas intitulam e marcam. Apenas agregam valores, sob o mesmo princípio que admnistradores escrotos agregam valores aos produtos que vendem. E quem se vende, como um produto, não contesta. Endossa e assume. A mesma beleza do chapéu e espartilhos, apenas substituindo o ópio pelo ecstasy.
ATITUDE - "Postura do corpo; norma de proceder; reação ou tendência determinada de comportamento em relação a qualquer estímulo ou situação; propósito; maneira de significar este propósito" - Pequeno Dicionário Brasileiro da
Língua Portuguesa.
Ouço muito a palavra estilo. Considero bacana mas, como já disse, frontispícios carecem de núcleos e não devem ser tomados como um fim, mas como um meio. Também amo o o techno e a hipnose. Deixar a música transcender e dominar, sem preocupações de conteúdos, apenas transe e prazer. Vejo a modernidade cada vez mais repetindo
conceitos aborígenes. A pintura do corpo e as danças da tribo. Mas como o orgasmo, este êxtase e o estilo precisam ser sustentáveis ou serão engolidos por muralhas de vidro. A aparência e o prazer são incontestavelmente maravilhosos. Amo-os, mas momentaneamente, pois há o instante seguinte. O prazer passa. A beleza é fugaz. E o mundo precisa ser girado antes que administradores de empresas escrotos o vendam, em troca de comissões. Quem não retorna do transe se esquece disto.
Domingo (basta olhar a data de postagem no blog), vazio e sozinho, como em transe de techno, mas sem o prazer, senti vontade de compartilhar com alguém uma leitura de William Burroughs (não eu lendo. Ele lendo, em vídeo). Mas não havia ninguém. Apenas, talvez, sombras mortas perambulando ao redor. Mas estas pouco se
importam com o destino do mundo dos vivos. E quando morrer, como compartilharei o prazer de ouvir a leitura do texto de Burroughs? Após o êxtase e o prazer do transe e das noites, meu dia precisava do conteúdo daquela leitura para preencher o vazio. Chega da atitude egoísta de apenas mudar a própria imagem e achar que está bom e isto é tudo que importa ou precisa ser feito. É preciso lembrar que há um mundo e que, como dizia Burroughs, em sua leitura, "... no dia de Ação de
Graças, o padrão americano descarta sua merda de intestino de ganso pela superfície do mundo".
E... definitivamente... não é nada estiloso se deixar ficar sujo de merda.
brochuras. A beleza parnasiana está morta. A imagem, contestadora em si mesma? Sim, mas dentro de um padrão, logo, sem constestação motora. Contestação para contestadores, como espelhos para espelhos. Apenas imagens. È desejável a beleza em novos padrões, sim, mas rótulos apenas intitulam e marcam. Apenas agregam valores, sob o mesmo princípio que admnistradores escrotos agregam valores aos produtos que vendem. E quem se vende, como um produto, não contesta. Endossa e assume. A mesma beleza do chapéu e espartilhos, apenas substituindo o ópio pelo ecstasy.
ATITUDE - "Postura do corpo; norma de proceder; reação ou tendência determinada de comportamento em relação a qualquer estímulo ou situação; propósito; maneira de significar este propósito" - Pequeno Dicionário Brasileiro da
Língua Portuguesa.
Ouço muito a palavra estilo. Considero bacana mas, como já disse, frontispícios carecem de núcleos e não devem ser tomados como um fim, mas como um meio. Também amo o o techno e a hipnose. Deixar a música transcender e dominar, sem preocupações de conteúdos, apenas transe e prazer. Vejo a modernidade cada vez mais repetindo
conceitos aborígenes. A pintura do corpo e as danças da tribo. Mas como o orgasmo, este êxtase e o estilo precisam ser sustentáveis ou serão engolidos por muralhas de vidro. A aparência e o prazer são incontestavelmente maravilhosos. Amo-os, mas momentaneamente, pois há o instante seguinte. O prazer passa. A beleza é fugaz. E o mundo precisa ser girado antes que administradores de empresas escrotos o vendam, em troca de comissões. Quem não retorna do transe se esquece disto.
Domingo (basta olhar a data de postagem no blog), vazio e sozinho, como em transe de techno, mas sem o prazer, senti vontade de compartilhar com alguém uma leitura de William Burroughs (não eu lendo. Ele lendo, em vídeo). Mas não havia ninguém. Apenas, talvez, sombras mortas perambulando ao redor. Mas estas pouco se
importam com o destino do mundo dos vivos. E quando morrer, como compartilharei o prazer de ouvir a leitura do texto de Burroughs? Após o êxtase e o prazer do transe e das noites, meu dia precisava do conteúdo daquela leitura para preencher o vazio. Chega da atitude egoísta de apenas mudar a própria imagem e achar que está bom e isto é tudo que importa ou precisa ser feito. É preciso lembrar que há um mundo e que, como dizia Burroughs, em sua leitura, "... no dia de Ação de
Graças, o padrão americano descarta sua merda de intestino de ganso pela superfície do mundo".
E... definitivamente... não é nada estiloso se deixar ficar sujo de merda.