Ácido Ameno

Tuesday, December 30, 2008

POEMA MINUTO 8


Castrado pelo resto do corpo
esbarro
nessa massa desnorteada
que confunde
prepotência com amor próprio.



Não, por favor.... não chegue perto,
se eu não posso tocar,
também não quero lembrar como é bom
o prazer de outro corpo presente
(hey...é natal...é natal.....audo audo elllssss).
se não for verdadeiro.


Prefiro babar...
injetar um pouco mais de morfina
e sentir dor verdadeira
que desfilar
na passarela pobre da 24 de maio
fingindo ser a Gisele Bunchein


Não...não quero mais expor
esse coração vulgar
de puta sem grana às 3 da manhã.


Prefiro viver
dias de coma induzido
e acordar limpo e saudável
do que viver
esta realidade de espelhos.
Irrealizável...


Prefiro
Ser estranho,
mas verdadeiro e sincero
do que balbuciar de olhos abertos
babando essa realidade química,
pelo resto da vida.....




Monday, December 08, 2008

solid youth

...continuo pesquisando. Subentenda-se: continuo vivo. Quando parar, morro. Consumo idéias como drogas. Não dão overdose e desenvolvem os sentidos. Nos livros estão "a palavra", a fala. Na música, o som: a audição. Em filmes, a imagem: a visão. Mais do que isto? Não sei.... Talvez aromaterapia e degustação. Aroma e paladar. Sexo ? Talvez... o tato. Pesquisa boa, essa, sem dúvida. Mas neste momento não estou falando de prazer, mas de conhecimento. E neste quesito, em épocas mais aprazíveis da vida já fiz minhas pesquisas sobre "tato" e posso dizer que não há diferenças entre uma mulher ruiva ou morena ou loira ou alta ou baixa ou negra ou japonesa. Saber mais que isso é apenas prazer de segundos ou sexo casual. Ou seja: mais do mesmo. Quanto a homens, não sei dizer, mas acredito que a mesma regra se aplique. Não há porque ser diferente.
Particularmente, acho importante pesquisar sempre. Quem deixa disso, deixa de viver. Ou, pelo menos, de aprender. O que não é muito diferente. Quem nada faz não vive. E para fazer melhor é preciso se embasar. Não estou falando em "cursos práticos" e diplomas e certificados e atestados. Ninguém aprende a língua, por exemplo, em 12 lições práticas. Ela é viva e é preciso conhecê-la e conviver e conversar e entender, como qualquer coisa viva. O curso, as 12 lições e o estatuto são apenas a base para quem não sabe nada. E é preciso ter a humildade de descobrir o que não sabe. Conheço pessoas que vivem no topo, mas não têm base. Apenas flutuam e se vendem, como produtos, como algo sólido. Como palavras etéreas de vapor barato. "Não quero. Obrigado". Para mim é pouco. Preciso de algo mais sólido. Para o ápice, a base. Para o auge, o princípio. Para o alto, a pulsão. O império se ergue. A fumaça, dissipa.